Na imaginação pode-se tudo. Somos viajantes em lugares inóspitos e vivemos grandes aventuras. Mas um roteiro pelo Rio Negro restaura a realidade com os mesmos ingredientes dos sonhos.
Descendo o rio Negro, Amazonas, na planície verde do arquipélago de Anavilhanas, o contraste da frondosa copa de uma árvore, muito acima das outras, nos atiça a ir ao seu encontro. Sem dúvida tratava-se de uma Sumaumeira (Ceiba Pentandra), uma das maiores árvores da nossa floresta tropical.
Deixamos um céu sem nuvens para entrar num terreno fechado que não oferecia uma estria de luz. O arvoredo era intraduzível. A terra natureza, diversa, surpreendente, nos premiava com a visão da Sumaúma. Era inverossímil e a primeira impressão é que ela tinha saído de um livro de fábulas. Depois a vontade foi reverenciá-la e abraçá-la.
A Sumaúma cresce por mais de 50 metros, sua fronde de idênticas dimensões protege outras árvores, mas a maior beleza repousa no seu tronco desmedido, escorado por raízes enormes, verdadeiros contrafortes.
Quase todas as tribos amazônicas consideram a Sumaúma uma árvore sagrada. Ao seu redor se realizam rituais de fertilidade, fartura, prosperidade e assembleias gerais, onde se discutem os interesses da tribo.
Você também pode se interessar por:
http://viramundoemundovirado.com.br/festival-folclorico-de-parintins-arte-cultura-e-diversao/