Janelas são feitas para espiar o mundo lá fora, ainda mais agora em tempos de quarentena, mas no vale de Engadine, Suíça, elas são as atrações do lado de fora.
No vale de Engadine, Suíça, fica a vila medieval de Scuol com sua torre pontuda da igreja parecendo uma seta a indicar que a aldeia fica ali encrustada na floresta de pinheiros que exalam resinas aromáticas.
A duas horas de trem de Zurique, essa vila é de supremo encanto. Os suíços a elegeram como um dos melhores lugares do país para spas e banhos medicinais. Reúne 21 fontes de águas minerais com propriedades químicas diferentes e, é também porta de entrada para o único Parque Nacional Suíço. Mas não são apenas essas atrações que levam visitantes àquela cidade, e sim a originalidade dos desenhos e das cores das janelas de suas casas.
Para o arquiteto suíço Peter Langenegger que se especializou nesse assunto, elas são um exercício de criatividade. ”Há mais de 400 anos um imigrante italiano construiu sua casa na região com aquele tipo de janela. Outros habitantes adoraram a ideia e também embelezaram suas casas utilizando variações daqueles desenhos”, conta Peter. Mas a influência foi mais longe, pois Charles-Edouard Jeanneret, conhecido como Le Corbusier, famoso arquiteto suíço, notabilizou alguns de seus projetos com novas releituras das janelas de Engadine.
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Por trás das janelas de Engadine há um conceito que desdobra paralelos instigantes entre arte e viagens, arquitetura e criatividade, e o desejo do viajante a procurar novos ângulos e olhares durante seu roteiro.
Mais informações: www.myswitzerland.com
*Matéria publicada originalmente no nosso blog Viagens Plásticas do Viagem estadão