A simples menção do nome Seychelles obriga abrir espaço para um universo de ilhas graníticas, cercadas do mar azul cintilante e barreiras de corais, com praias que parecem buscar a natureza perfeita. Estas refoçam ainda mais a ideia do arquipélago como lugar paradisíaco para curtir uma paixão. Mas desta vez o convite à viagem ao arquipélago é um bilhete para o mundo infinito da aventura – a caça ao tesouro. E não é propaganda enganosa, o prêmio é 50% do butim escondido, avaliado em 140 milhões de dólares.
“Meu tesouro para quem entender”
Ilha com tesouro enterrado não é novidade nenhuma. Uma das mais famosas, até fica perto do Brasil – ilha Robinson Crusoé, no arquipélago Juan Fernández, Chile. Pesquisadores confirmaram sua existência com inúmeras provas, embora o “baú” propriamente dito, ainda continua um mistério … Será?
Mahé – uma das mais belas ilhas de Seyhelles – há mais de 30 anos também se tornou protagonista dessas histórias de piratas, quando a família (pai e filho), conhecidos como os “Homens do Tesouro”, não mede esforços em pesquisas e equipamentos para encontrar o tesouro. Eles tem o mapa nas mãos, mas não conseguem decifrá-lo!
A existência do tesouro começa numa viagem com vários anos de distância. Em 1721, o pirata francês Olivier Levasseur, conhecido como La Buse (O Urubu) atacou o galeão português ‘Nossa Senhora do Cabo’, carregado de ouro, prata, e pedras preciosas, nas costas de Madagáscar, quando se dirigia para a Inglaterra. Perseguido pela Marinha Britânica, Levasseur se refugiou em Seychelles, onde enterrou a muamba, dizem numa das inúmeras cavernas de Mahé. Capturado e depois executado em 1730, na Ilha de Reunião, Levasseur nunca revelou o local do tesouro escondido, mas quando de sua prisão, as autoridades britânicas encontraram em seu poder um pergaminho com um criptograma de 17 linhas. Ao ser preso ele disse: “meu tesouro para quem entender”.
Este mapa, genuino do século 18, se encontra no Museu Britânico, em Londres, e munidos de uma cópia, a família Cruise-Wilkins tenta desvendar os símbolos e garatujas.
Levasseur antes de se tornar pirata, foi um intelectual versado em grego, latim e matemática. Já os ‘homens do tesouro’ de Seychelles quebram a cabeçca para resolver o enigma do mapa, utilizando o hebraico, astronomia, mitologia, ocultismo e astrologia. Os seychelenses acreditam que eles estão ‘bem quentes’ de descobrir o tesouso na belíssima área de Bel Ombre, em Mahé, com sua exuberante vegetação tropical, praias de areia branca, ao lado de enormes rochas de granito esculpidas pelas ondas.
Que tal aproveitar suas férias numa das 115 ilhas desse arquipélago no Oceano Índico que faz das paisagens um elogio à natureza, e ainda sair de lá com uma bolada de 70 milhões de dólares? A outra metade fica – obrigatoriamente – para o governo de Seychelles.
Tá feito o convite!