Assim como o sofisticado chapéu do Panamá não nasceu ali, a renomada Crepe Suzette, não é francesa. Ela nasceu no Principado de Mônaco, e foi, ulálá! de um vacilo do chef de cuisine do Café de Paris. É uma história de tirar o chapéu.
O então príncipe de Gales, curtia a brisa de Mônaco, e babava pelas levíssimas panquecas do chef Carpentier, regadas com recém-criado licor Grand Marnier, esse sim francês. Esse licor, o casamento perfeito do conhaque com a laranja (de uma qualidade amarga e selvagem), fora batizado com outro nome por seu criador, o Sr. Marnier, até dá-lo a provar a um amigo conhecedor de licores. Este, encantado, sugeriu que se mudasse o nome para Grand Marnier: ‘’um grande nome para um grande licor”.
Voltando ao nosso príncipe britânico, ele andava de chamego por uma jovenzinha da cidade, e a convidou para um almoço no sofisticado Café de Paris. Na hora de preparar as panquecas diante do casal, o chef fez tanta mise-en-scène que os ingredientes pegaram fogo. Entusiasmado com o prato pirotécnico, o príncipe quis saber seu nome.
Sem perder o rebolado, Carpentier disse que acabara de criar a princely crepes em sua homenagem. O príncipe pediu então que se batizasse o prato com o nome de sua acompanhante, e assim – Crepe Suzette!