“Devemos sempre viajar a um lugar como se fôssemos voltar a ele. Pensar que aquela seria a única visita nos levaria a querer ver tudo e por isso não veríamos nada direito. Deixe sempre alguma coisa para a próxima viagem, alguma coisa que o faça querer voltar” A. Solomon
Texto e fotos: Jaime Borquez*, de Ranguiroa
Por que muitos perderam a razão ao ouvir o canto das sereias polinésias? Simples: visitar a Polinésia Francesa é como estar bem perto desse etéreo conceito chamado Paraíso. Desde marinheiros amotinados da HMS Bounty (nau britânica), celebrizada no cinema no “O Grande Motim”, passando pelo artista Paul Gauguin, o cantor belga Jacques Brel, até o ator Marlon Brando, todos se apaixonaram por estas ilhas, cuja mais famosa entre as 118 que compõem esse arquipélago é Taiti.
Confesso que mesmo, após 28 viagens à Polinésia Francesa ainda continuo fascinado! Jamais perdi a capacidade de me surpreender com seus encantos. Ao contrário, a paixão só aumentou. Seja qual for sua escolha: Moorea, Bora Bora, Ranguiroa, Maupiti, Manihi, Takapoto, Fakarava, Raiatea, Tahaa, Huahine, Tubuai, enfim, qualquer uma das 76 ilhas habitadas, incluindo o arquipélago das Marquesas, será sempre uma boa pedida.
Importante: jamais vá à Polinésia sozinho, pois a companhia seja de namorada ou esposa, é fundamental numa viagem ao Paraíso. E para celebrar a paixão, este é o lugar perfeito, e se pensa em se casar, melhor ainda. Saiba que desde 2010 você pode contrair matrimônio legalmente nas ilhas polinésias, basta preencher os formulários correspondentes. Antes, as românticas cerimônias de casamento, ao mais puro estilo nativo, só eram grata lembrança, quase uma loucura própria dos apaixonados.
Mas hoje se casar lá deixou de ser só curtição. Então animem-se casais, façam seus votos de amor eterno com os pés na areia fina e branca como talco, diante do infinito mar azul, ao som dos uqueleles, incensados pelo perfume de tiare, ou de gardênias, e vestidos simplesmente com um pareô branco, cocar e colar de flores. E mais, com um grupo de nativos cantando e dançando ao redor.
E para noite de núpcias? Que tal numa palafita ventilada pela brisa leve, rodeada de águas cristalinas, e com as ondas ao longe batendo na barreira de coral? Champagne? Claro, da casa obviamente, afinal estamos em território francês. Santé! Ou melhor, manuia, na língua nativa!!!
Mergulhar na Polinésia é experiência única. As águas transparentes nos transmitem a
sensação de flutuar sobre os mantos coralinos. Três ilhas oferecem zero possibilidade de erro: Tikehau, Ranguiroa e Fakarava.
O oceanógrafo francês Jacques Costeau, afirmou que em Tikehau está a maior riqueza submarina do planeta. Espécies, como a manta-raia, tubarão-martelo, barracudas e as baleias jubarte, que aparecem entre setembro e novembro, são prova disto. O atol de Ranguiroa, segundo maior do mundo depois do Gran Banco de Chagos, no Índico, é o mais procurado. Já o jardim de coral do lado externo da ilha é o mais impressionante que já vi em toda a Polinésia. Agora se procura emoção maior chegue até a borda, olhe para baixo e terá o exemplo perfeito da palavra profundidade abissal. Impossível esquecer.
Nos últimos tempos os mergulhadores estão descobrindo Fakarava, ilha com única rua de casas e um hotel apenas, mas dezena de pensões familiares.
Dentre as maravilhas do Taiti, destaco as pérolas negras. Pérolas e turismo são a base da economia da Polinésia Francesa, e Manihi, Ranguiroa e Takapoto, estão entre as ilhas mais procuradas como importantes centros de produção e venda. Pérolas negras serão sempre um presente inesquecível.
Bora Bora é a mais conhecida, mas sua irmã menor, Maupiti, é ideal para quem deseja curtir a paz rodeada por sua natureza pristina. Ali considere se hospedar no Kuriri Village.
Papeete, capital do território, tem tráfico caótico, ondas para nenhum surfista reclamar, além de mercado de peixes e produtos da terra. É o mesmo mercado que Gauguin retratou na renomada tela Ta Matete. Ali quem poderá resistir ao perfume Tiare du Tahiti, e aos pareôs com estampas florais coloridas?
O campo de viagens é rico e notavelmente amplo, e nós temos nossos destinos favoritos, mas não deixe de incluir num deles a Polinésia Francesa.
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*Jaime Borquez é chileno e assessor de imprensa de diversas Províncias do país há mais de 35 anos. Apaixonado pelo Chile, Borquez a partir desse mês terá uma seção especial em nosso site, com novidades e curiosidades desse país tão hermoso.