O Museu Rafael Larco Herrera, em Lima. Peru, exibe a arte erótica encontrada em tumbas pré-colombianas anteriores à civilização inca e revela uma visão singular sobre o sexo na vida e na morte.
Se tiver que escolher somente um museu, dentre tantos em Lima, que retrata a época pré-colombiana, não tenha dúvida – corra para o Museu Larco Herrera.
Em uma sala especial, acessada pelo jardim do museu, fica a exposição dedicada aos objetos cerâmicos, principalmente potes e vasos, que retratam representações explícitas de sexo tradicional, como masturbação e felação.
Para os antropólogos essas cerâmicas não tinham somente a intenção de provocar a libido, e sim era uma maneira de mostrar “que seus ancestrais seguiam fertilizando a terra e assegurando o ciclo reprodutivo, no mundo invisível no qual viviam após a morte”.
Grande parte desses tesouros eróticos foram destruídos pelos conquistadores espanhóis que ficaram mortificados pelas representações explicitas, o que torna essa coleção ainda mais importante.
Para outros estudiosos, entretanto, essa sala de arte erótica é também valiosa no quesito originalidade, pois prova que a criatividade sexual nada acrescentou nesses últimos dez mil anos. A menos que os espanhóis tenham dado preferência à destruição das peças com posições mais escabrosas!
Mas o museu é muito mais. Mesmo que você seja fã de carteirinha da escola freudiana, aquela que diz que o sexo é o principal motivador de todos nós, se motive também para conhecer as outras salas deste antigo palácio do século 18, construído sobre uma pirâmide pré-colombiana do século 7.
O acervo do museu abriga 45 mil objetos que contam a história peruana de mais de 8.000 anos atrás, como tecidos, cerâmicas, joias e belíssimo objetos de ouro e prata.