Um pesquisador, um filósofo e um monge chegaram à mesma conclusão por ciências diferentes: uma caminhada em área verde, seja ela no campo, bosque ou floresta, acalma a mente, modifica o funcionamento do cérebro aumentando sua capacidade criativa e melhorando a saúde emocional.
Experimentar a natureza realmente modifica nossos cérebros de alguma maneira que afeta nossa saúde mental? Sim, foi a resposta do pesquisador Gregory Bratman, da Universidade de Stanford nos Estados Unidos. Depois de anos de pesquisas com pessoas que faziam caminhadas em áreas urbanas com os que se dedicavam a passear por parques e jardins.
Como era de se esperar o primeiro grupo se igualava ao segundo no aspecto físico, mas perdia feio no emocional. As pessoas que caminhavam nos parques e bosques tinham mudança acentuada de humor para encarar o dia com mais disposição e alegria, cumprindo todo seu potencial, mas sem estresse. Ao passo daqueles que caminhavam em avenidas e ruas movimentadas, apesar de adquirirem forma física, não tinham a mente acalmada e agiam durante o dia em constantes questionamentos.
A pesquisa do americano reforça a tese do filósofo Mario Sergio Cortella, professor da PUC-SP, que reconhece a importância de caminhar, andar, de preferência em áreas verdes, tranquilas e arborizadas. Prestar atenção na natureza aumenta nosso repertório de imagens e a capacidade de criar. Enfim, de viver. Caminhar e viajar são emoções.
Cortella vai além ao afirmar que toda caminhada para fora é também uma viagem para dentro. “Estamos sempre ocupados com metas e objetivos e não temos espaço para distração, para aproveitar as jornadas que, no fim das contas, são a nossa vida”.
Quem decidir por caminhadas de 90 minutos em áreas verdes deve estar preparado para mandar pelos ares suas ansiedades, depressão e outras doenças. Para o messiânico Mokiti Okada, quando estamos em sintonia com a natureza somos mais afetivos.
“Observar o belo, particularmente uma flor, induz ao bem interior. Se forem milhares de flores, estas polinizariam milhares de corações e teríamos um mundo mais feliz, isento de doenças e conflitos.”
Para vivenciar tal conceito, foi criado o Solo Sagrado às margens da Represa de Guarapiranga, em São Paulo. No amplo espaço que preservou a Mata Atlântica existente, acrescentou-se um projeto paisagístico sob influência dos pintores impressionistas japoneses, equilibrando formas, cores e quedas d’água.
Falta de tempo ou dinheiro não significa que você não pode partilhar uma hora com a felicidade. Quando estamos em sintonia com a natureza, somos mais felizes. E isto é dividido com várias áreas das ciências, sejam elas físicas ou espirituais.
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