Prepare-se: você está entrando em um mundo surreal, mas verdadeiro. Único no mundo a expelir lavas azuis, o vulcão Ijen Kawah, na ilha de Java, Indonésia, continua ativo e atraindo milhares de viajantes do tipo São Tomé, aquele do ver para crer.
Ali a natureza continua ganhando de dez a zero da ficção, quando as lavas vulcânicas expelidas pela cratera entram em contato com o enxofre puro existente na superfície, e criam uma reação química colorindo as lavas na tonalidade azul.
Mas esse fenômeno só é visível a noite, e na forma de um espetáculo de grafismos que muda a cada hora, reforçado pelo forte azul neon das lavas que escorrem entre as fissuras da encosta do vulcão. Durante o dia as lavas surgem na sua cor característica de vermelho “fogo”.
No fim do caminho, as correntes de lavas formam um lago de águas sulforosas, fumegantes, envoltas em nuvens amarelo claro e de forte cheiro de enxofre. Mas cá entre nós, não é outra bela visão?
Chamada de “Blue Fire” pelos javaneses, o Ijen Kawah move a economia do lugar. Primeiro, com os mineradores que sobem até a cratera para buscar o enxofre puro, e retornam com uma cesta de 20 kg, cujo produto é vendido aos comerciantes locais.
Mas, agora vendo as possibilidades de ganhar mais com o turismo, esses mesmos carregadores estão se tornando guias para caminhadas noturnas. São roteiros de até três dias que conduzem os viajantes às distâncias seguras para observação das lavas azuis.
A viagem para o Ijen Kawah ganha um bônus a mais, pois nas redondezas há outro vulcão famoso no mundo inteiro – o Monte Bromo.